terça-feira, 3 de março de 2009

Ele pedi por mim

Não sou tão normal
Desde o dia em que me viu
Ele pedi por mim
Sempre vem para me perturbar
Quando estou adormecida
Me prende pelos pés
Como se pudessem me dominar
Sinto que ele pretende me criar
Só quer se comunicar
Sopra coisas que não entendo
Passa a mão por todo o meu corpo
O meu ombro pesa
É corpo estranho
Como um simples cortejo
Sulgo tudo pra dentro de mim

Já é impossível de me segurar
Não dá mais pra fugir
Subir é elevar em vida
Preciso me entregar
De alma e coração
Ele pede por mim
Que agonia conflitante

Sinto que um dia terei que ir
Ao encontro de quem me é de direito
Minha cabeça irá explodir
A música me faz vibrar
Meu peito coça sem parar
Na velocidade de uma canção
Acelera a dor de perdê-lo por um instante
O brilho ainda é minha ligação
Números de perseguição

O que ainda é meu
Vem toda noite perturbar
Transtorno bipolar
Quero ir e ficar
Súplicas de reclamação
Preciso voltar ao prometido pra mim
Fico tonta por não aguentar
Energia forte virá me buscar

Sou um segredo que derrete em palavras
Músculo vício
Meu contrato ainda está afogado
Nas profundezas das almas perdidas
Que dia iremos nos unir
O tempo se arrasta
E ele pedi por mim

Não sei se fiz certo
Mas hoje mudei o meu dia
Matei alguém com palavras
Gritos que distancia corações
Já não aguento mais
Ele sempre vem
Mesmo que meu medo o afaste de mim
Ele não me abandona
Pois faz parte de mim

Somente eu posso ver
Um dia cheguei a pensar que era louca
E o que via era um vislumbre
No nível que estou
É tão real do que imaginação
Viajar no irreal
Invisivelmente eu o vejo
Alma carente
Dependente de mim

Sinto o calor da presença
Formigamento nas extremidades
Um barulho de fuxico
Burburinhos em meus ouvidos
Venha pra mim
Aquele velho suplica renovação

Tudo que me vem são provações
Apuradas pela emoção
Sinto medo do desconhecido
De me sentir completa
Assim não terei mais sentido de seguir
A descoberta sempre é ruim
Sou auto-retrato improvável
Velho novo que renasce a cada dia

É difícil explicar
O que sou
Ainda não tem nome
O que vejo
Ainda é vislumbre
Apenas sinto
Que ele pedi por mim
Vigia meus passos
Me acompanha no olhar
Do puro ao inacabável
Ele me amedronta
Até me acordar

Não sei onde isso irá acabar
Na verdade não sei se isso tem fim
Nem sei de onde eu vim
Nessa confusão
O melhor é agir pela intuição
Se existir erro
Irei matar antes de agir

Esse texto não tem fim
E não para de vim coisas a minha cabeça
Irei explodir
E já sinto que ele me prende aqui
Não tem como fugir
O meu destino não tem fim
Ele pedi por mim
Essa agonia conflitante
Não sai de mim

Um comentário:

Unknown disse...

Seja no seu universo emocional, uma locomotiva,nunca um vagão.