sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Abra os olhos

Abra os olhos
Seus olhos de clarão
Que tudo cega
E tudo crê

Abra os olhos
E sinta os olhares
Veja bem, os nossos olhares irão se encontrar

Só feche os olhos
Que me vêem com meias verdades
Que me vêem com os olhos do passado

Abra os olhos
O momento é de enxergar o futuro
Como prova de um presente bem visto
Cheio de olhares verdadeiros, inocentes

Abra os olhos
Eu quero que me veja
Do pequeno ao grande
Do mais intenso e profundo dos olhares
Com os olhos de quem não quer nada
Não fala
Me cala
Seus olhos me guiam
Profundo nessa escuridão
Seu olhar fala em silêncio
Versos cantados de uma viola
A dois passos do nosso olhar

Eu acredito nos olhos da verdade
Aos olhos dos cegos
Aos poucos
Aos loucos
Que enxergam além do que se quer ver
Mas sei que são dos olhos que não me vêem
Os mesmos que molham o rosto ao me perder

Abra os olhos
Olhe pra mim
Quando abrimos os olhos
Conhecemos o mundo de outro alguém

Meus olhos
Seus olhos
São dos seus olhos o silêncio que me cala
E somente fala o que enxergas dentro de mim