Vocês que são dois
Algumas vezes somente um
Poucas vezes nenhum
Mas, agora, seriam três
A prova dos três, dos dois, e tão somente de um só
Será agora
A se revelar a maior arte
A grande arte que conduz todas as outras
A arte de AMAR!
É tempo de espera, quietude
É tempo de uma nova forma de amar
A paciência e a prudência então segue em procissão
É preciso mais
Veja bem, é preciso muito mais
E muito mais forte do que a própria força
É a dominação dos nossos próprios instintos
Do que muitas vezes na razão não controlamos
Do consciente, ou então inconsciente
As emoções é o que escorrer, no leve
A correnteza leva a água e desvia da pedra num leveza branda e tão natural
E aí vai passando, vai leva
Muito mais, vai se deixando levar
Mas água que é pura sempre sabe onde quer chegar
O lugar que a poça se acalma
Para então se tornar um grande rio
O rio do ventre que há luz
E escore em vocês a renovação da alma
Pois este é o maior barulho que se faz na imensidão de um cada um de nós
A renovação...
Texto: Laila Guedes
Imagem que ilustra a coluna no adorável Traços, riscos e rabiscos.
