sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Passa o tempo

Passa
O tempo passa
E você não vê
Faz corpo mole
Diante do tempo que te dei
É absurdo
Que tudo apenas passe por você
É natural
O tempo não espera por você

As horas passam
Já são doze e quinze
E os minutos te empurram
Nem que respire através do tempo
As horas não param
Elas passam
E nem param na esquina
Pra te ver chegar

Uma multidão passa
E vejo tudo acelerar
Cada segundo
Uma vida inteira
Suplico pelo tempo
Que passou e te atropelou
Mas não foi desta vez que o tempo te matou
Ainda está vivo
E continua a ver o tempo passar

Me perdi no seu tempo
À te procurar
Em beco escuro
Perdi o tempo exato de te ver
Isso é refleto do tempo que passa
E não te espera chegar

Passa
Passa o tempo
E passa sem te esperar
Não perca tempo
Já é noite
E durante o dia você só fez se esconder
Ficou de molho durante treze minutos
Em água fervente
O bule só esquentava
E o seu tempo evapora
No ar tudo se perde
E não irá mais me ver
Pois já passei desse tempo de te ver

Apenas te sirvo por uma eternidade
Uma xícara de meia hora
E você toma o meu tempo
Já nem tenho mais as marcas da juventude
O tempo marcou o meu rosto
Mas o meu sorriso é o mesmo
Dos tempos da nossa infância
Corri em busca do tempo perdido
Mas o que se foi nunca volta igual
Hoje te espero por um segundo
E já estou tão cansada
Essas horas me matam
E te sufoca ao me ver passar

Reclamamos do tempo
Espera sem fim
E continuo a te servir
Dores
Tantas dores
Que eu servi
Horas
Tantas horas
Que eu não vi

Em que tempos estamos vivendo
Muitas vezes tão longos são os dias
Contando as frações de segundos
Vi passar um ano inteiro
Suas costas já não aguentam mais essa caminhada
É preciso tempo para repousar

Passa
Tudo passa
E o tempo pirraça
E continua vivo
Por que o tempo não te mata

É estranho
Vê o tempo passar sem você
Por que não chega a tempo
Antes que o tempo me leve
Me carregue por uma eternidade
Chegue a tempo
Quero passar o tempo que me resta com você
Antes mesmo que ele me leve

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