é isso que somos,
um nó que
aperta querendo soltar,
vai querendo ficar,
sabe o que quer,
mas não amarra e nem se desfaz.
Fica um esperando puxar o outro,
e quando o coração começa a despedaçar,
alguém puxa ao mesmo tempo que alivia um pouco.
Não sabe se dá ou se toma,
se fica ou se apronta,
o fio tácito que não rompe,
mas tem medo da frouxidão,
quando pensa que não,
o enlace volta a apertar.
Parece nó cego,
eu já desisti de tentar desatar,
é em vão,
é inútil,
eu só sei que me deu um nó.
Texto: Laila Guedes
Imagem que ilustra a coluna Traços, riscos e rabiscos.
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