sábado, 14 de setembro de 2013



Nó,

é isso que somos,

um nó que

aperta querendo soltar,

vai querendo ficar,

sabe o que quer,

mas não amarra e nem se desfaz.

Fica um esperando puxar o outro,

e quando o coração começa a despedaçar,

alguém puxa ao mesmo tempo que alivia um pouco.

Não sabe se dá ou se toma,

se fica ou se apronta,

o fio tácito que não rompe,

mas tem medo da frouxidão,

quando pensa que não,

o enlace volta a apertar.

Parece nó cego,

eu já desisti de tentar desatar,

é em vão,

é inútil,

eu só sei que me deu um nó. 


Texto: Laila Guedes
Imagem que ilustra a coluna Traços, riscos e rabiscos.

Nenhum comentário: