segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

FELICIDADE

Ficar feliz é sempre uma escolha. Já fiquei feliz tantas vezes, mas nunca assim. Porque o “assim” de ficar feliz é sempre uma escolha. Já fiquei mais feliz do que estou agora, mas nunca tão feliz. Porque o “tão” de ficar feliz, quando é felicidade mesmo, é sempre arrebatador e encantador e é uma escolha. É sempre com o peito virgem e encantado e infantil que ficamos felizes. É sempre com dois anos, descalço, sem roupa, sem nada, sem saber falar, segundos antes de sentir a falta da chupeta e da fralda.

A felicidade é uma criança que ri sozinha de si mesmo. Uma leveza do ser sem saber do motivo de sua existência. A felicidade é um pedaço de vida crescendo no ventre. A felicidade é um anjo que voa por alguns instantes ao encontro de outro e juntos tornam-se porção divina. A felicidade é conseguir caminhar de pés descalços e feridos sobre pedras que atiraram contra ti, quando só queria construir uma morada para se abrigar do temporal de salivas cuspidas em sua face, e mesmo com frio, ainda assim sorrir. E continuar feliz.

Não existe felicidade mais genuína do que se sentir feliz sem motivo. A felicidade não são frases prontas e perfeitas e melosas saindo de bocas prontas e perfeitas e melosas. Ser feliz é de uma simplicidade tão grande que por vezes não percebemos a tal felicidade. E toda vez que alguém tenta me convencer de que ninguém é feliz sempre, 
eu digo: EU ESCOLHO SER FELIZ ASSIM, NÃO "TÃO" FELIZ, MAS SEMPRE FELIZ.


TEXTO: Laila Guedes

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