sábado, 25 de dezembro de 2010

Vale

Quando não se tem nada a perder

Me vem o vazio profundo

A dúvida do que fazer
Quando a falta me faz falta
E por um instante
Estranho minhas próprias estranhezas


Procuro o que eu nem sei pra mim
É como se nada me bastasse
As injúrias, as calúnias
Ainda carrego o peso mais pesado

Será que errei em desejar
O que me foi desejado
Essas minhas lembranças de que não sei de nada
A dúvida, a insegurança
Talvez de outras recordações
Um tudo que me cabe tão pouco
Não sei
Não sei de nada
Aliás, não sei bem o que é o nada
Nem tampouco o que é o tudo
Se ainda escuto alguém dizer
Ué, ai de saber eu onde se está claro ou escuro?

Há entendimento pra tudo
Assim como há entendimento pra nada
Na confusão de cada um
O amor me cabe agora
Na escuridão da luz
O conflito de cada hora

Nas minhas idas e vindas
Me perguntei tantas vezes
Quanto você acha que vale?
E a vida me respondeu
Quanto você achar que vale

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